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Na última segunda-feira, 29 de janeiro, teve início a primeira exportação do ano de energia térmica brasileira para a Argentina. Em conversa com a Agência CanalEnergia, Walfrido Ávila, CEO da Tradener, que é a responsável pela comercialização, conta que a alta da temperatura do país vizinho aumentou a demanda e motivou a operação. Ainda de acordo com Ávila, em 2023, a média anual ficou em cerca de 900 MW med, um recorde. Na Argentina, a responsável pela operação é a Camesa.
O executivo lembrou ainda que há uma limitação física da conversora de 2.000 MW, que impede que a exportação seja maior. A exportação deve ficar em torno de 800 MW med. Ávila elogia a lei que rege a exportação de energia para a Argentina. Na Europa a exportação é firme, o que acabou impactando em questões geopolíticas. A lei entre Brasil e Argentina, em que o contrato pode ser interrompido, possibilita que caso um deles não queira mais fazer a exportação, basta que seja descontinuada.
Segundo Ávila, que é um dos pioneiros do mercado livre no Brasil – a Tradener fez com a Carbocloro e a Copel o primeiro contrato do ACL – o país vizinho está dando um exemplo de comercialização. Além do Brasil, a Camesa tem contratos com Chile, Paraguai e Uruguai. O que estiver com situação de preço melhor, faz a negociação para aquele momento. “Eles estão senso muito inteligentes, dando um show de inteligência de mercado”, avisa.